Até na piscina o líder ganha

Nem só de hóquei vive a equipa de…hóquei do Benfica. [...]
Nem só de hóquei vive a equipa de…hóquei do Benfica. Este sábado foi mais biatlo, um misto de hóquei aquático, natação, patinagem artística ou o que lhe quiserem chamar, com hóquei em patins. A falta de classe dos dirigentes leoninos (e da Federação de Patinagem de Portugal) deu origem a um clássico de fraca qualidade, em que os objectivos dos dois conjuntos era apenas marcar e ganhar, rematando de todo e qualquer lado, desse por onde desse.
E é falta de classe porque os dirigentes leoninos (e os da Federação) sabiam muito bem que o rinque iria estar como esteve, escorregadio, visto que nos últimos dias tem estado mau tempo no Oeste português e sempre que isso acontece a humidade ataca a pista do Livramento. Não é por acaso que o Sporting jogou no pavilhão do Sporting Torres na passada quarta-feira e lá tem treinado até ao clássico. Estragou-se um espectáculo bem antes de ele começar e, pior que isso, pôs-se em causa o bem-estar de todos os atletas. Matías Pascual do Barça que o diga, já que contraiu uma lesão grave na pista do Livramento quando este se encontrava nestas condições, na primeira mão da Supertaça Europeia.
Nestas condições, o Sporting teve menos dificuldades em explanar o seu jogo, visto que o ritmo do mesmo é bem mais lento que o do Benfica, e o mesmo dizer dos processos ofensivos, bem mais simples. Meia-distância era o que se pedia mas essa já é habitual na formação de Nuno Lopes, e tudo o resto se resumiu a contra-ataques que só surgiram no segundo tempo. À excepção da meia-distância e das desconcentrações defensivas – que originaram os primeiros três tentos -, só os contrapés deram alguma intensidade ao encontro e, quer Sporting quer Benfica, dispuseram de boas situações, as quais não foram aproveitadas por mérito de Girão e Trabal.
Como está referido em cima, os três primeiros golos tiveram mais demérito defensivo que mérito ofensivo. Adroher inaugura o marcador ao minuto 11 após falha inicial de Luís Viana que desequilibrou a rectaguarda. Diogo Rafael dilata ao minuto 22 num livre indirecto em que a barreira abre e Centeno, adversário directo do rematador encarnado, coloca apenas o stick na direcção da bola em vez de colocar todo o corpo, pois dessa forma a bola nunca teria passado.
Já na segunda parte Cacau reduz no interior da área ao minuto 18, após falha de marcação de Diogo Rafael, no entanto, a dois minutos do términus, é novamente Adroher que fecha as contas do resultado, completando um contra-ataque 3×2 com sucesso.
Benfica continua líder isolado com 10 pontos de avanço sobre o FC Porto que só joga este domingo, em Turquel. O Sporting afastou-se do quarto lugar que dá acesso à Liga Europeia, ficando agora a quatro pontos da Oliveirense que venceu a Física por 4-3, em Torres Vedras.
Na próxima jornada o Benfica recebe o lanterna vermelha, Cambra, enquanto o Sporting desloca-se ao difícil rinque do Óquei de Barcelos, actual terceiro classificado.
Fonte: Modalidades